quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ALMA NUA

Caladas e presas na garganta,
Estão minhas palavras não ditas,
Que o coração mansamente canta
Delírios das minhas razões (in) finitas,
No peito ainda há um mormaço,
Sentimentos contraditórios do “faço ou não faço”

Há um frio na alma nua,
Medo das idéias insanas,
Que o psicótico espírito insinua,
Coisas guardadas, embotadas... Santas e profanas!
Sentimentos, impressões, idéias que se desfiam
Não são fatos e nem fotos, apenas memórias tiranas!

Procuro lembranças, desesperadamente
Não lembradas... Paradoxalmente, não esquecidas
Pelo tempo, embaçadas na mente
E na multiplicação dos dias perdidas.

Ah! Esse amor vivido em mim!...
Foi de todos o que menos conquistei,
Nenhum foi assim: Dono absoluto entre o além e o fim!
E por medo da entrega, também não me dei.

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